segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Grupo 1 - Conjunto ACM - Cabula I

Cabula foi uma religião sincrética, praticada na Bahia, no final do século XIX, e também o nome do bairro onde está localizada a Associação de Moradores do Conjunto Antônio Carlos Magalhães (ACM), do Cabula I, primeiro conjunto habitacional do local.
O último censo populacional, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2000, apontava que o Cabula tinha 47 mil habitantes e cerca de 13 mil residências.
Até o início da década de 1940, o bairro, que tem origem quilombola, representava uma importante área verde da Salvador, constituída por fazendas de laranja, que na década de 1970, viriam a ser vendidas e divididas em lotes menores transformando, assim, a geografia do local.
Dos anos 60 até os 80, as transformações no sistema de transporte de Salvador fomentaram um grande impulso ao crescimento do Cabula. Este período é marcado por um ritmo muito acelerado nas mudanças do bairro, com destaque para a implantação de grandes equipamentos públicos, como a Universidade do Estado da Bahia (Uneb).
Ainda nesta época, foram grandes os investimentos em conjuntos habitacionais, promovidos pelo governo, e nos chamados loteamentos legais - divisões de grandes áreas -, feitas segundo as normas e regras estabelecidas pela Prefeitura Municipal.
As antigas fazendas com plantações de laranja, que deram origem ao bairro, ao longo do tempo, cederam lugar para a especulação imobiliária. O local hoje é constituído de condomínio de classe média, conjuntos habitacionais, instituições públicas, educacionais e militares, uma grande gama de casas comerciais, diversas igrejas e terreiros de candomblé.
Em paralelo, foram realizadas diversas ocupações informais (invasões), com loteamentos ilegais, através de áreas divididas sem o respeito às normas estabelecidas, resultando em moradias precárias. Em relação ao comércio, o bairro conta com ampla oferta de produtos e serviços com preços acessíveis as demandas da população.
A diversidade religiosa, também, é marcante no Cabula, que abriga desde igrejas Católicas, como a de Nossa Senhora do Resgate, Evangélicas e o terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, que enfatiza a forte herança africana no bairro.


O bairro ainda possui uma reserva remanescente de Mata Atlântica, administrada pelo IBAMA, que é um atrativo potencial para o ecoturismo no bairro.

REFERÊNCIAS
MACENA, Daiane de Oliveira; QUEIROZ, Lúcia Maria Aquino de; SOUZA, Regina Celeste de Souza. Turismo sócio-cultural no bairro do Cabula. Disponível em: <www.revistas.unifacs.br/index.php/sepa/article/.../289/237>. Acesso em 26 set. 2010.
REGINA, Maria Emília Rodrigues; FERNANDES, Rosali Braga. O acelerado crescimento dos bairros populares na cidade de Salvador-Bahia e alguns dos seus principais impactos ambientais: o caso do Cabula, geograficamente estratégico para a cidade. Geosul, v.20, n.39, 2005. Disponível em:< www.periodicos.ufsc.br/index.php/geosul/article/.../13311>. Acesso em 26 set. 2010.

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